DICA DE LEITURA - QUANTOS LIVROS PRECISAMOS LER POR ANO
Olá!
A muito tempo eu penso em fazer essa postagem, porém sempre posterguei por não ter bem definido na minha cabeça as especificidades do tema. Mas me preocupa muito o que se refere a obrigação em ler quantidades de livros, uma obrigação imposta de forma sutil no universo de leitores digitais. Para isto, vou definir alguns tópicos deste mini artigo:
1. Minha experiência com a leitura;
2. A importância do incentivo a leitura, e a competição entre leitores
Então, vamos lá?
1. MINHA EXPERIÊNCIA COM A LEITURA
Desde quando comecei a ler, meus pais, mesmo sem serem pessoas intelectuais, pessoas com grau (título) de estudo, SEMPRE me incentivaram a gostar de ler, e meus primeiros amigos eram os Gibis da turma da Mônica. Eu não via como obrigação, eu gostava muito. Inclusive, por serem tão divertidinhos, meus pais por vezes liam comigo, ou me pediam para eu contar o que eu li. Era algo natural e bem gostoso.
Fiquei presa a esse tipo de leitura (de quadrinhos, e com muitos desenhos) até o ano em que fiz a 7ª série, e que descobri que Harry Potter tinha livros. Foi a primeira história de livros maiores e sem tantas figuras que me fez ter interesse em ler.
Hoje, com quase 30 anos, ainda estou presa a livros de fantasia e ficção. porém ainda me arrisco em leituras de romances, investigação e suspense, e até biografias. Mas você se engana se achar que toda esta caminhada que vos resumo aqui foi fácil, ou ainda, que consigo ler, sei lá, 50 livros por ano. Mesmo encontrando muito prazer em ler, tive fases da vida (como a de qualquer estudante), em que tive que fazer leituras obrigatórias: sejam elas para as provas bimestrais (ensino médio), ou para entrar numa faculdade, ou ainda para passar nas matérias de graduação e pós graduação (Fiz Letras e Psicopedagogia Institucional). Nesses períodos em que leituras tornaram-se obrigatórias, ficou complicado ainda ter ânimo em ler, ainda mais quando as leituras obrigatórias não tinham qualquer relação com o estilo de leitura que eu me sentia atraída.
Apesar das dificuldades, sempre que consigo me inserir no que estou lendo, um universo de palavras novas, contextos se abrem. Devo muito do que sei interpretar, a cada esforço em não perder esse hábito tão valioso.
2. A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO A LEITURA E A COMPETIÇÃO ENTRE LEITORES
É inegável entre profissionais da Educação o quanto a leitura pode ser fator decisivo para que os estudantes se saiam bem em qualquer área de estudo: é importante saber interpretar tudo que é lido: desde os textos cobrados em sala de aula, até as informações recebidas por whatsapp, twitter, instagram, e demais redes sociais tão presentes no dia a dia dos alunos. Também cabe aqui a interpretação de mundo, o filtro do que é útil. e até mesmo a interpretação de dados, não apenas para compreender mas, para também saber o que questionar, o que buscar.
Sendo a afirmativa aqui proposta incontestável, professores estão a mercê de usar da sua criatividade para montar estratégias para incentivar a leitura, e acolher o máximo de alunos possíveis nesse universo. (MEDEIROS, 2014)
Hoje, não temos apenas professores atuantes nessa batalha, também encontramos no mundo digital influencers que trabalham em suas redes sociais exclusivamente com temas que envolvam a leitura de alguma forma. São pessoas que falam com o público jovem, e criam novas maneiras de incentivar que outras pessoas também se interessem por esse universo. E, sem querer, com suas estantes abarrotadas de livros, recebidos (pagos ou não) de diversos exemplares, não apenas se forçam (muitas vezes) a cumprir agendas de leituras de horas a fio, de leituras que, se não fosse o trabalho de book-tuber, eles não se cobrariam tanto a fazer.
Além disto, redes que aparentemente foram criadas para incentivar a leitura, como o Skoob (que inclusive uso muito), reforçam a competitividade tanto do "quem lê mais", ou ainda colocam leitores em caixinhas, por gostarem ou não de livros considerados pelo público como uma "leitura ruim". Pressões que fazem com que a leitura seja uma ação chata e pouco prazerosa, e inclusive, por diversos motivos, um tipo de atividade para poucos.
Não há uma indicação de quantidade de leituras ideais. O importante nessa atividade é sentir que aprendeu algo, ou que se divertiu, ou que proporcionou boas reflexões, ou ainda que proporcionou novas paixões. O importante é ler, seja o quanto for, e o que for. O importante é questionar-se, é permitir-se melhorar as habilidades de oralidade, de conversas construtivas, de análises para que novas ideias surjam. O importante é permitir que a sua imaginação viaje por todos os universos que você sentir vontade: o bairro da Turma da Mônica, o mundo bruxo de Harry Potter, o encantador universo de Nárnia, as aventuras dos super heróis dos quadrinhos, ou ainda ir para a realidade em que vampiros brilham ao se expor ao Sol. Esse é o grande segredo para que a leitura não seja uma tarefa árdua, e sim, uma das tarefas mais prazerosas do seu dia.
3. REFERÊNCIAS
ARANA, Alba Regina de Azevedo. KLEBIS, Augusto Boa Sorte Oliveira. A importância do incentivo a leitura para o processo de formação do aluno. Disponível em: < https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/17264_7813.pdf > Acesso em: 05/06/2021.
MEDEIROS, Zilda. Incentivo a leitura por meio de estratégias de leitura: o racismo em textos literários, canções e linguagem fílmica. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_port_artigo_zilda_medeiros_venancio.pdf > Acesso em: 05/06/2021.
Amei o artigo! Ler é muito importante e isso realmente vai além do que é publicado. A interpretação também "pode ser criativa" sem mudar a intenção original. Até num filme a gente pratica a leitura...
ResponderExcluirObrigada 💕
Que lindo retorno! Foi um artigo gostosinho de escrever, e que com certeza precisa de alguns ajustes. Mas resume bem o que acredito como formada em Letras. O importante é ler, é exercitar também a escrita, é usar o que aprendeu na oralidade. É assim que aprimoramos o estudo de qualquer língua. Não seria diferente com a nossa língua materna (Português)
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